IMAGEM SEM PÍXEL
Em mim mora um nada que é tudo Que em tudo é um nada, não se vê... Eu sinto e mais não vejo do porquê, Mas ousa a minha pele por sobretudo! Meus sentidos, bandeja à mercê, Donde bebe a vida deste mudo; Do coração, enfim, se faz miúdo A inquietar as musas que entrevê... E eu aqui, a carcaça, compassivo, Acorrentado ao tipo subjectivo, Sou mero punho assente num papel: A máquina d'escrita desvairada, A caneta duma alma destravada, O teclado de um poeta sem píxel! 17-04-2024
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 17/04/2024
Alterado em 17/04/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |