Cadeirão de Papel

Alexandre Costa

Textos

ONDA GIGANTE


Há esta febre imensa de querer-te,
De ver em mim um mar que não descansa,
De ver a tempestade em ti, bonança,
A desprender a areia, a espremer-te...

Há esta intensidade que balança,
Em ondas que não param de correr-te,
Quando de ventos vens. a irromper-te,
Tornar-me fúria crua que te alcança...

Há esta intensidade que, suspensa,
Aguarda lá no alto e se adensa,
Enquanto não vens vento a esganar...

E forma-se uma onda que, gigante,
Espera o vento denso triunfante
Para tombar em ti e s'espraiar!



15-04-2024


AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 15/04/2024
Alterado em 15/04/2024
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