Cadeirão de Papel

Alexandre Costa

Textos

RIO SEM SAL



É hora de fundir novos punhais,
De afiar as ganas p'la pureza...
Que as placas que circundam a tristeza,
Não serão de mim égide, jamais!

É tempo de forjar a mor destreza,
A desbravar as águas p'los juncais,
Para secar o rio, desses ais,
E ser rio sem sal, nascente acesa!

Não hão de ver daqui uma vontade
A tilintar em mim, como cristais,
Não hão de ouvir da história, uma verdade

Que não seja aquela dos triunfais...
Um homem que matou, só, a saudade,
Sem se afogar em si como os demais!



15-04-2024


AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 15/04/2024
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