VERTIGEM
eu que me perdi num oásis quando era já, perdido, no deserto não fosse aquela àgua fresca e teria morrido o morto que já era eu que trepei e pendurei nas pal(meiras)pebras e mergulhei de cabeça no charco e encharquei-me de olhos até me afogar neles eu que subi às dunas quentes até sentir o sol a tostar-me e deslizei de novo ate à sua nascente e quando pensei que já vivia morri de novo eu que não tenho camelos talvez tenha voado nas asas de um sonho mas no deserto donde voei não havia oásis, nem miragens e, se miragem então o oásis não foi sonho foi vertigem 13-04-2024
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 13/04/2024
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